Luanda, 6 de Julho de 2022 - De acordo com a avaliação da Organização Mundial da Saúde (OMS), caso o actual surto de Ébola venha a propagar-se ao Congo Brazzaville e Zâmbia, o risco de disseminação é considerado alto em Angola tendo em conta que os principais pontos de entrada no país são pela via das fronteiras terrestres, aeroportos e portos internacionais.

No âmbito da estratégia “Uma Só Saúde” e tendo em conta o quadro actual da epidemia na RDC, o Ministério da Saúde através da Direcção Nacional de Saúde Pública em colaboração com outros departamentos ministeriais viu a necessidade de se actualizar o Plano de Contingência Multissectorial, com vista à redução do risco de introdução do vírus de Ébola e garantir uma resposta adequada.

 Para o efeito, realizou-se entre os dias 30 de Maio a 03 de Junho do ano em curso no Instituto Nacional de Investigação em Saúde (INIS), o encontro para a actualização do Plano de Contingência para prevenção de Ébola em Angola.

A actividade foi orientada por Dr. Lutumba Agostinho - Coordenador do Programa Nacional de Emergências do Ministério da Saúde e do Componente 2 do Projecto REDISSE IV, e tinha como objectivo a adoção das medidas para detectar precocemente, prevenir e interromper a disseminação da doença por vírus de Ébola (DVE) em Angola. Mais especificamente, os objectivos traçados foram:

•  A definição da estratégia de actuação do Sector da Saúde de acordo com a Resposta em Emergências em Saúde Pública; a implementação da uma resposta coordenada e uniformizada para melhorar a gestão da situação;
• A activação do Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública para gestão coordenada da resposta; e
• A adopção de medidas que visam reduzir o risco de disseminação do vírus de Ébola no país.

A actividade teve uma componente teórica e prática caracterizada por discussões consensuais, onde participaram um total de 20 técnicos provenientes do Ministério da Saúde respectivamente da Direcção Nacional de Saúde Pública, do Instituto Nacional de Investigação em Saúde e da Inspecção Geral Sanitária e Farmacêutica, do Ministério do Interior (Direcção da Saúde do Comando Geral da Polícia Nacional e Serviço Nacional de Protecção Civil e Bombeiros), do Ministério da Defesa e Veteranos da Pátria (Direcção dos Serviços de Saúde das FAA), do Ministério da Agricultura (Instituto dos Serviços Veterinários), do Ministério da Cultura, Turismo e Ambiente (Agência Nacional de Resíduos), OMS, representantes do Sector Privado e do Projecto REDISSE IV financiado pelo Banco Mundial.

Durante as sessões plenárias, os técnicos foram distribuídos em 4 grupos, num ambiente de trabalho saudável, em que todos contribuíram com uma participação activa.